quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Arquitetura Sustentável: Casa-Contêiner

Hoje vi um programa no +Globosat sobre arquitetura sustentável. No programa referido mostrava um casal que moravam numa casa-contêiner sustentável. O casal pesquisou muito antes, encontrando várias propostas sobre morar num contêiner, mas  eram sempre exibidas em exposições nunca sendo elas realmente habitáveis. Então esse casal decidiu tornar a ideia útil e ainda mais sustentável.


A casa tem encanamentos, energia elétrica, eletrodomésticos de última geração que gastam pouquíssima energia, isolamento térmico, ventilação e eles dizem que ainda não sentiram necessidade de instalar um ar-condicionado pois é termicamente confortável. A energia que é usada para aquecer os chuveiros e algumas torneiras vem exclusivamente do sistema de captação da energia solar pelo boiler, além de também reutilizarem a água da chuva. A cobertura do primeiro andar é forrada com plantas, formando o que popularmente é chamado de telhado verde, e o telhado do segundo andar é feito com telhas brancas de sanduíche de poliuretano, que chega a refletir o calor cerca de 30% a mais que os telhados comuns, além de criar isolamento térmico. Eles afirmam que a economia da casa é cerca de 60% ou 70% a mais que outras casas. 





Além de super sustentável a casa ainda demorou apenas 6 meses para ser construída. A casa é constituída por dois contêineres colocados paralelamente, acima deles outros dois contêineres encaixados formam o segundo andar, a ligação entre os dois debaixo é fechada perifericamente por vidro, o forro é, na verdade, o piso do segundo andar. 




A construção tem muitas aberturas e grandes janelas de vidro para ser realmente dispensável a utilização de luz artificial durante o dia, e pela noite, a opção é a luz de led que economiza muito a energia elétrica. Além disso, a construção de uma casa contêiner gera pouquíssimo entulho, que forma uma grande parcela na escala de lixo sólido no mundo. 



A idealização da casa é do arquiteto (e morador também) Danilo Corbas. 
Aqui um vídeo de Cidades e Soluções com mais detalhes sobre a casa-contêiner. 




E na Holanda há uma vila universitária inteira feita de contêineres, são verdadeiros prédios. Quem disse que contêiner não é bonito ou confortável? Abaixo algumas fotos provando que quem disse isso não podia estar mais enganado. 











quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Materiais mais usados em aula

Como prometido hoje eu vou postar a lista de alguns materiais mais utilizados na faculdade e falar um pouco sobre o seu uso para futuros estudantes de arquitetura saberem o que esperam por eles.
Lembrando que é bom você esperar chegar sua lista da faculdade antes de comprar qualquer coisa, por exemplo, na minha escola eles colocaram a marca dos materiais, então, aos apressadinhos, tenham paciência.

Lapiseiras:
Para qualquer desenho técnico que você vá fazer é preciso uma lista de lapiseiras com diâmetros diferentes, 0,3mm 0,5mm 0,7mm e 0,9mm. A lapiseira mais fina é ideal para esboços, pois é bem mais fácil de apagar sem deixar marcas de grafite na folha. A 0,5mm é usada para demarcar coisas que estão mais longe, como por exemplo uma parede que se encontra mais afastada que outras. A 0,7mm é usada para paredes intermediárias, e a 0,9mm é mais usada para paredes que estão a frente.
Outro exemplo, um desenho, com deque de madeira e telhado, visto de cima, você usará a 0,5mm para delimitar o deque e a 0,9mm para marcar o telhado, pois ele está mais aproximado de você que o deque que se encontra no chão.



Folha:
Outro material que tem vários tipos diferentes e que você usará demasiadamente. Existem muitos tipos de folhas, com tamanhos variados e gramaturas das mais diferentes. Vamos começar com essa tal de gramatura. A gramatura significa em geral a grossura do papel, quanto maior a gramatura, mais grosso e consequentemente mais pesado ele é. E cada papel tem seu emprego, alguns são bons para desenhos a lápis de cor, tem papel que não pode chegar nem perto da pintura em aquarela, outros são ótimos para maquetes. Você vai conhecendo os tipos no decorrer do curso e experimentando ao longo da carreira, só não vá tentar usar um papel desconhecido no dia anterior ao da entrega da maquete hein!




Jogo de esquadro:
O esquadro que você futuro estudante de arquitetura vai usar é grande e limpo, quer dizer que ele não tem números impressos, por quê? Facilitar a visão, e você não precisa medir as linhas no esquadro, você faz isso com a régua (ou com o escalímetro). Ele precisa ser grande porque as vezes é necessário fazer uma linha contínua comprida e um esquadro pequeno não estaria a altura desse desafio. Outra pergunta que pode se ter, se você nunca usou esquadro na vida (como eu antes da faculdade) é "Para que serve esse bendito?". Bem, você vai usar ele junto com a régua T para fazer linhas verticais sem precisar "marcar com pontos e ligar" como você faz com a régua quando quer uma linha vertical reta. Conhecendo os ângulos do esquadro e utilizando, novamente, com a régua T, você poderá traçar linhas de 30° 45° ou 60° partindo de outra reta (vertical ou horizontal). Dá para traçar duas paralelas, bem, isso vocês aprenderam com o desenho técnico, mas digamos que esquadro é equipamento indispensável. Um arquiteto sem esquadro é como capitão gancho sem o gancho Õ_o



Escalímetro: 
Parece nome de doença rara, mas não é, o escalímetro é um método facilitado para transferir medidas diferentes sem ter que fazer muitas contas, por exemplo, você não pode desenhar uma casa com as medidas verdadeiras, certo? Se não você teria que ter uma folha do tamanho do terreno. A régua normal, está na escala 1:100, então se você for fazer uma parede de 4 metros é só pegar a régua normal e riscar até os 4 cm. O escalímetro age para que você possa fazer esses desenhos menores, ou maiores. Não é possível desenhar um edifício com 60 metros de altura numa folha usando a régua normal, você precisa fazer uso do escalímetro escolhendo uma escala que faça caber os 60 metros na folha.


Transferidor:
O melhor transferidor para os iniciantes no curso é o da foto abaixo, por ser o mais simples e com menos possibilidades de errar a "linha de confiança" (linha de 180° e 0°). Você não vai usar muito ele, para traçar uma linha num determinado grau nós temos um macete com os esquadros (sim, eles também servem para traçar outros graus além dos citados já acima).



Régua T:
Uma das nossas melhores amigas e piores inimigas. Amamos elas por sempre deixarem nossas linhas horizontais (e verticais com a ajuda do esquadro) retas! Além de ajudar muito na hora de alinhar a folha para que o desenho não fique "torto". Mas também as odiamos por serem muito grandes e baterem em TODOS os lugares, principalmente pessoas.
Ah, isso porque eu ainda não falei dos outros usos que ela pode ter, mas eles não são didáticos. Se você tiver uma vai saber do que eu estou falando, pois vai usá-la para outros fins também. Se o esquadro é o gancho, diria que a régua T é a perna de pau, literalmente.


Esses são alguns materiais mais usados. Já vou avisando que se você não tiver o minimo gosto pra desenho, ou não gosta muito de arte (acha perda de tempo), prefere muito mais as aulas de física e matemática que história, geografia e artes, então, caro estudante, você está no caminho errado.
Obs.: Há algumas regrinhas chatas que você passa a conhecer depois que começam as aulas. Uma dessas regrinhas é sobre a letra; a letra de um arquiteto (pelo menos a que ele coloca nos projetos) deve ser grafada ASSIM, LETRA DE FORMA MAIÚSCULA (CAPS LOCK). Usamos esse tipo de letra para preencher o carimbo no canto da folha do projeto e para informar a escala (nunca esqueça da escala, você deve sempre colocar ao lado do desenho a escala utilizada).

Espero que matem a curiosidade de vocês, pois eu no ano passado não aguentava mais de tanta curiosidade sobre os materiais utilizados.

Especial: A capa do meu caderno de atelier integrado, eles nos apoiam a fazer nosso próprio caderno sem pauta e a capa dele. O meu eu comprei um caderno normal sem pauta e desenhei a capa, mandei encadernar e encapei com papel contact transparente na frente e preto atrás.

terça-feira, 12 de março de 2013

Atelier Integrado e primeira maquete

E depois de anos meu sonho realmente está se realizando. Neste ano eu comecei a estudar arquitetura numa faculdade aqui na minha cidade. Minhas aulas começaram dia 1/2/2013, mas devido a ausência da massiva parte da sala as aulas foram começar definitivamente depois do carnaval. 
Nesse primeiro semestre de curso são ensinadas algumas disciplinas teóricas e algumas práticas, são algumas delas:

  • Estética e História da Arte, Estudo sócio-econômico ambiental, metodologia ciêntifica (teórico)
  • Desenho arquitetônico, técnicas de desenho, atelier integrado (prático)


Na disciplina de atelier integrado temos liberdade criativa que é essencial para arquitetos; nada está errado, há uma imensa liberdade para usar lápis, canetinhas, lápis de cor, tinta etc. Aula vai e aula vem, um dia fomos avisados que teríamos a disciplina do dia não na escola, mas no centro da cidade. Na hora marcada os alunos já estavam agrupados em frente ao teatro Pedro II, meu professor começou a explicar sobre Guy Debord e sua teoria da Deriva. Nessa teoria há argumentos que falam sobre como um passeio na cidade, sem ter objetivos específicos, pode abrir nossos olhos para algo nunca antes percebidos por nós. Nossa tarefa naquele dia seria a seguinte, formaríamos duplas e percorreríamos um trecho da cidade observando ao nosso redor e seguindo para o desconhecido relatando as pessoas que passavam por nós, sentimentos e pensamentos. 
Para facilitar, o professor predefiniu uma direção, uma cor e dois números, entretanto poderíamos seguir ou não essas "instruções".


Foi isso que eu registrei: um garotinho segurando a mão dos pais, um andarilho, uma anãzinha olhando para o portão levantado de alguma casa, pessoas lendo, falando ao telefone e a rosácea da Catedral. 


Não reparem como eu desenho mal 

Depois desse jogo na cidade foi a vez de fazer a mesma coisa em casa, só que sozinho. E é incrível como você entra em estado de meditação e descobre novas coisas sobre o próprio lar. A lição pra casa desta vez era montar uma maquete da casa e representar o que você sentiu/experimentou com o jogo da deriva.
Claro que as maquetes ficaram diferentes, até porque os sentimentos foram diversos. Houve gente que sentia saudades da casa e do aconchego dos pais, houve gente que preferia ficar no quarto ou na sala que era o lugar de descanso. Gente que morava numa casa barulhenta, ou numa casa solitária, que gostavam ou não dessa solidão, gente que representou a infância e eu fui uma dessas.

Na experiência da deriva eu me surpreendi com a quantidade absurda de torres Eiffel que eu tinha no meu quarto (seis no total) e pensei em fazer uma estrutura parecida com a famosa torre como se fosse minha casa. O jardim "das maravilhas" eu montei na vertical e colei frases da "Alice no País das Maravilhas", pois aquele jardim era como um mundo novo mágico, lotado de flores e plantas e também o livro representava um pouco minha personalidade e as viagens que eu faço quando pego um livro para ler. O chão é de estrelas para dar uma sensação onírica e lúdica.
E minha estante de livros que não poderia faltar.


A torre de frente

 A torre por dentro

A parte de cima representando a sala

Outra vista da parte de cima

O topo

   A parte de baixo representando o quarto

Próxima postagem eu falo sobre a lista de materiais e coloco algumas fotos dos desenhos que a gente já fez nas aulas de Desenho arquitetônico e Técnicas de desenho.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Loft Romântico

Bom dia! Hoje terminei outra casa no The Sims 3, desta vez inspirei-me em um loft (algo que eu sempre sonhei ter). Como sabem os lofts são locais amplos e abertos que antes de serem um lar tinham outras finalidades, como: um local de uma antiga fábrica, um galpão ou armazém; lofts também são abundantemente conhecidos por altas e enormes janelas de vidro e uma varandinha. Eles retomam muitas vezes a uma ideia nova iorquina com seus espaços integrados e modernidade.




Infelizmente o The Sims 3 é uma jogo limitado quando o assunto é construção e decoração de casas, então eu não pude fazer o que eu realmente queria e deixar a casa mais parecida com um "loft". Os objetos de decoração também barram nossa criatividade. Entretanto eu já estou fazendo algumas video aulas para Autocad com o intuito de começar a fazer casas no programa e abandonar de vez o The Sims 3. 

Inspirada pelas janelas brancas e sinuosas optei por um loft mais romântico, o piso de concreto queimado típico de um loft combinou com as cores claras e delicadas.

Sala de estar:


Sala de jantar:

Escritório: 

Biblioteca:

Banheiro do térreo:

Escritório/escada:

Quarto:

Closet:

Banheiro:


Como podem ver o jogo não é capaz de abranger toda a nossa imaginação, porém eu dei meu jeito e o resultado ficou muito bom ao meu ver, e vocês? Gostaram? Espero que sim.

Agradeço a visita de todos.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Ideias bacanas de materiais reutilizados

Aquecimento global, efeito estufa e gases poluentes da atmosfera, sacolinhas biodegradáveis, biodiesel entre outros são temas abundantemente abordados e discutidos atualmente. A Rio + 20 encontrou esse ano dezenas de nomes de chefes de estado compromissados com o desenvolvimento sustentável e que propunham mudanças para como estamos tratando nosso planeta hoje. Não ficou decidido muita coisa nesse encontro que alguns até chamaram de "fiasco total".
Enquanto eles decidem se vão realmente parar com a emissão de CO2 na atmosfera eu vou ao meu jeito fazendo o possível e o que está ao meu alcance para não degradar mais o ambiente; medidas como escovar os dentes ou lavar a louça com a torneira fechada para economizar água, reutilizar objetos antigos que não mais apresentam-se bonitos ou mesmo dando um sentido novo a coisas que antes serviam apenas para enfeite e que muito provavelmente iriam para o lixo.
Tendo isso em mente (e o desejo irrefreável que eu preciso ter um lustre, porém existem apenas lustres caros) resolvi pesquisar algumas idéias legais e ecologicamente corretas, algumas delas são exemplos meus (vou pro céu assim) outros são alguns divinos que eu encontrei nessa imensidão cibernética. Quem sabe algum deles não inspiram vocês?

Algumas borboletas feitas de retângulos de jornais velhos, muito criativo não? E é muito simples de fazê-las, você não precisa ser perita em origami. O link de como fazer tais borboletas está aqui




 As latinhas (coca-cola, ninho etc) também são compatíveis com a criatividade ecológica. A ideia principal dessas latas é como porta-canetas porém a latinha de coca da menininha de Eric Barclay pode servir também como peso para portas (e isso é de grande utilidade se você morar em local onde há ventania), ou um peso para malhação em casa (você pode desenhar halteres na lata).


Essas são imagens da utilidade que eu dei para uma latinha de coca com o meu apelido e com uma garrafa do Johnny Depp caracterizado de chapeleiro maluco (desculpe a péssima qualidade da foto).



Final de ano, ano que vem é comprar material escolar. Ano passado eu tive um pensamento diferente "Vou reutilizar um caderno antigo e que tem muitas folhas" foi o que fiz, peguei uns pedaços de pano que tinha guardado aqui em casa, uma fita roxa e muita fita dupla face, cola, e cola quente; foi a primeira vez que reformei um caderno, usei o dito cujo até o meio do ano, depois era apenas revisão do conteúdo estudado então nem precisei de caderno mais. Em agosto ocorreu me que tinha muitos cadernos avulsos com folhas em demasia, juntei todas as folhas destes cadernos num só e agora utilizo ele para a lição de casa.
(o verde com roxo é meu).

Este caderno cinza do meio encontrei para venda no site das Lojas Americanas que você pode acessar clicando aqui

Tandanrandam! Finalmente as luminárias maravilhosas feitas de garrafa pet. É fascinante o que conseguimos fazer com essas garrafas plasticas que deterioram o meio ambiente e levam dezenas de anos para se decompor. Aí vai uma dica, a próxima vez que você for jogar fora a garrafa de refrigerante pense na futura obra de arte que você está levando para o lixo e o bem que você estaria fazendo para a natureza reutilizando ela. 
Hora de deixar queixo caídos. Aproveitem.



Fontes: 
Ciclo vivo

domingo, 25 de março de 2012

Illuminated Like Paris

Publico hoje mais um post sobre arquitetura; este é especial pois as fotos que verão logo abaixo foram feitas por quem vos escreve (eu). A casa eu fiz faz um tempo já, numa época que não sabia usar o AutoCad ainda. 
Se me lembro bem, foi a terceira casa feita a partir do zero no The Sims 3. Como percebem tenho muito a aprender e mais ainda para praticar, mas eu sinceramente adorei a minha criação, espero que vocês gostem também. 
Fachada:

 Sala de estar:

Sala de estar:

Escritório (ótima vista para o jardim interno):

Sala de jantar:

Cozinha:

2º Andar
Pequena biblioteca :

Quarto:

Quarto:

Closet (cortinas adicionais):

Closet:

Banheiro:

Banheiro (cortinas adicionais):

  Garagem:

Arco de entrada para o caminho que leva a área de lazer: 

Arco de saída/ piscina/ deque:

 Espaço para reunião (nos fundos):

Academia:

 Fachada: 


Essa é uma das minhas criações, posts no futuro eu prometo publicar mais de minhas casas. Aqui um vídeo para quem gostaria de ver com música. 




Aqueles que não conseguirem visualizar o vídeo, o link está aqui
Illuminated like Paris vídeo.


Agradeço a visita de todos.